terça-feira, 24 de abril de 2007

Observatório da imprensa - desinformação poítica


Geografia Política ou simplesmente geopolítica. Este é um termo que provavelmente poucos sabem o significado, mas que é responsável por grandes mudanças no estudo da realidade de uma nação. Estudar geopolítica é observar a estratégia, a manipulação e a ação de um país. Isso ficou um pouco mais claro após a Segunda Guerra Mundial, quando o capitalismo e o socialismo foram confrontados num conflito entre Estados Unidos e União Soviética. Mais tarde, com o enfraquecimento desta última, houve um liberalismo político em boa parte dos países da Europa Oriental e aconteceu uma nova transformação na sociedade mundial: a globalização.
Praticamente todos aderiram ao sistema capitalista. Os que não o fizeram, foram logo classificados pela imprensa e, conseqüentemente pela população, como ameaças à democracia. Mas antes de fazer uma análise mais aprofundada de como os veículos de comunicação brasileiros retratam essa questão, é preciso entender primeiro o que são esses conceitos.
São considerados como direita os governos capitalistas, que geralmente apóiam os valores tradicionais, conservadores. Esses líderes defendem a preservação das leis e dos direitos individuais e a restrição do Estado como controlador da economia. Favorecem também o status quo (manutenção de um sistema). Por outro lado, os governos de esquerda defendem o humanismo e o fortalecimento do Estado. Tradicionalmente, esses governos eram associados também ao socialismo, mas esse conceito praticamente acabou com o fim da União Soviética. O mais comum atualmente são países de esquerda que são capitalistas. Eles adotam a economia de mercado, porém, com rigorosa distribuição de renda.
O professor Nielsen de Paula, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, acredita que a queda do comunismo enfraqueceu a esquerda. Ele explica que, depois da década de 1990, quando o socialismo desmoronou, a economia de mercado tornou-se predominante. Segundo ele, nesse período foi preciso fazer uma série de reformas no Estado. É nesse ajuste, afirma, que alguns países vão se aproximar mais do modelo norte-americano e outros não, ou irão fazê-lo com mais lentidão. "Todas essas reformas são para ajustar o Estado e a economia à nova realidade mundial, onde não existem mais economias planificadas, e sim, a maioria das economias de mercado é aberta". Pires enfatiza que toda a questão parece estar fundada neste problema: abrir ou fechar o mercado.

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